Introdução
Nas últimas duas semanas, muitas pessoas me questionaram sobre um tópico que tem gerado bastante polêmica. Este artigo é uma versão resumida de um documentário mais detalhado que estou produzindo, com aproximadamente uma hora e meia de duração, abordando o mesmo tema.
Agradeço desde já a todos que enviaram pedidos para vídeos sobre os mais variados assuntos. Cerca de 90% a 95% dos pedidos são extremamente relevantes, e embora não consigamos produzir conteúdos na velocidade desejada, todos serão atendidos de alguma forma. Eles fazem parte do arcabouço de temas que envolvem Ellen White e as doutrinas adventistas.
Antes de prosseguir, um aviso: algumas imagens apresentadas aqui são fortes. Recomendo que aqueles de coração mais fraco ou sensíveis a conteúdos gráficos tenham cautela.
Introdução às Imagens

As imagens mostradas representam crianças em salas de aula nos Estados Unidos, entre os anos de 1958 e 1963. Elas retratam práticas comuns da época, como orações antes, durante ou após o período escolar. As orações incluíam pedidos de bênçãos para o dia, para colegas, professores e até para o país.
O Caso de Edward Schempp
Um indivíduo chamado Edward Schempp começou a se opor a essas práticas em 1958-1959, argumentando que não queria que seus filhos participassem dessas atividades religiosas nas escolas públicas. A questão foi levada à Suprema Corte dos Estados Unidos, que em 1963 decidiu que era proibido ter leituras bíblicas ou orações obrigatórias em escolas públicas.
A Divisão Cultural e Legal nos EUA
Para entender o impacto dessa decisão, é essencial compreender a estrutura legal dos Estados Unidos. Diferente do Brasil, onde leis federais se aplicam uniformemente em todo o território, cada estado nos EUA possui autonomia legislativa. Isso cria uma complexidade onde leis podem variar significativamente de um estado para outro. Por exemplo, o consumo de maconha é permitido em alguns estados e proibido em outros, levando a diferentes consequências legais.
A Lei dos 10 Mandamentos na Louisiana
Recentemente, um governador da Louisiana assinou uma lei exigindo que os 10 Mandamentos sejam exibidos visivelmente em salas de aula, desde a educação infantil até as universidades. Essa iniciativa visa retomar valores históricos que foram removidos das escolas públicas em 1963.
A Reação Adventista
Muitos adventistas acreditam que essa lei é um precursor do Decreto Dominical, uma teoria conspiratória que prevê perseguição religiosa e martírio adventista. Essa crença é amplamente disseminada entre adventistas e alimentada por figuras proeminentes da igreja, como Michelson Borges.
A Perspectiva de Ben Carson
Ben Carson, um adventista do sétimo dia e ex-ministro do governo Trump, comentou sobre a lei da Louisiana, defendendo a presença dos 10 Mandamentos nas escolas como um retorno a valores fundamentais da sociedade ocidental. Ele argumenta que a remoção de elementos religiosos das escolas contribuiu para uma sociedade moralmente debilitada.
A Dissonância Cognitiva Adventista
A dissonância cognitiva é evidente quando adventistas acreditam que Satanás está por trás da iniciativa de colocar os 10 Mandamentos nas escolas. Segundo a visão adventista, Jesus só voltará após a implementação de um Decreto Dominical, um evento aguardado com ansiedade e temor.
A Cuca Adventista
Monteiro Lobato criou a personagem Cuca, uma mistura de jacaré e bruxa que assusta as crianças. Da mesma forma, Ellen White criou a “Cuca Adventista”, uma figura simbólica que representa o Decreto Dominical, usada para manter os fiéis em estado constante de alerta e medo.
Conclusão
Este artigo é um convite para reflexão: você é cristão ou adventista? A adesão cega a teorias conspiratórias e a dependência de líderes religiosos que promovem o medo e a desinformação enfraquecem a fé genuína. É hora de escolher entre a verdade bíblica e as falácias doutrinárias que têm controlado a mentalidade de muitos adventistas.
Um documentário mais detalhado será lançado em breve, abordando esses e outros pontos com maior profundidade. Até lá, recomendo que você analise criticamente as informações e reflita sobre sua fé e crenças.