Análise Completa da Lição 3: A Introdução — O Prólogo
A Lição 3, A Introdução — O Prólogo, foca na abertura do Evangelho de João, onde são apresentados temas centrais sobre Jesus Cristo: Sua eternidade, divindade e papel como Criador. Este estudo da Escola Sabatina busca explorar a relação entre a criação e a redenção e a natureza do Verbo que “se fez carne.” Abaixo está uma análise aprofundada com refutações e explicações adicionais para os pontos principais abordados em cada dia da semana.
Sábado à Tarde: Introdução Geral
Texto da Lição: A lição começa com João 1:1, “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Ela afirma que o prólogo de João define os temas centrais do evangelho, como a natureza divina de Jesus, o Criador e Redentor.
Refutação e Expansão: Embora a lição destaque a divindade de Cristo, é importante enfatizar que João 1:1 não é apenas uma introdução teológica, mas uma afirmação explícita da igualdade de Jesus com o Pai. Em João 1:3, o evangelho declara: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” Jesus é o Criador de tudo o que existe, não um intermediário criado. Sua divindade é crucial para a redenção; se Jesus fosse um ser criado, Ele não poderia ser o Salvador eterno. A redenção depende de Sua natureza divina e eterna.
Domingo: No Princípio — O Verbo Divino
Texto da Lição: “O Evangelho de João começa com este pensamento incrível: ‘No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus’ […] O Verbo era já eterno.”
Refutação e Expansão: A lição menciona a eternidade de Cristo, mas subestima o peso da expressão “o Verbo era Deus.” Em João 10:30, Jesus afirma: “Eu e o Pai somos um,” reforçando Sua igualdade com o Pai. Em Isaías 9:6, Jesus é profetizado como “Deus Forte, Pai da Eternidade.” A afirmação de João vai além de qualquer interpretação comum do logos (um termo filosófico grego) e estabelece a divindade absoluta de Cristo. A identidade de Jesus como o Verbo é uma confirmação de que Ele não é apenas um mestre, mas o Deus eterno e o Salvador da humanidade.
Segunda-feira: O Verbo se Fez Carne
Texto da Lição: A lição afirma que “o logos […] tornou-se carne e habitou entre nós. […] Deus se revelou à humanidade da maneira mais radical: Deus se tornou um de nós.”
Refutação e Expansão: A encarnação de Cristo é o evento central do Evangelho de João, onde o Criador entra no mundo como uma pessoa humana. Em Filipenses 2:6-8, Paulo escreve: “… embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se.” Esse ato de esvaziamento e submissão foi um sacrifício que apenas o Deus eterno poderia realizar. A encarnação demonstra um amor incomensurável de Deus para com a humanidade. João 3:16 reafirma isso: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito.” O Verbo que se fez carne revela a natureza divina que se sacrifica pelo bem do pecador.
Terça-feira: Ouvindo ou Não Ouvindo o Verbo
Texto da Lição: “O Prólogo […] descreve não apenas quem é Jesus Cristo, o Verbo, mas também como as pessoas no mundo se relacionaram com Ele. […] A luz veio para todos, mas nem todos a acolheram.”
Refutação e Expansão: O evangelho destaca que Jesus, a “luz do mundo” (João 8:12), foi rejeitado por muitos, incluindo Seu próprio povo (João 1:11). A lição menciona essa rejeição, mas não aborda plenamente as implicações espirituais: a luz de Cristo revela o pecado, e muitos recusam a luz por amarem as trevas (João 3:19-20). Jesus afirma em Mateus 7:21-23 que nem todos que dizem “Senhor, Senhor” entrarão no Reino, mas apenas aqueles que fazem a vontade de Deus. Isso sublinha que a aceitação da luz vai além de uma crença superficial; envolve uma transformação completa pela fé em Cristo.
Quarta-feira: Crença/Incredulidade — Tema Recorrente
Texto da Lição: “O evangelho de João divide a humanidade em dois grandes grupos: aqueles que acreditam em Jesus e O aceitam como o Messias e aqueles que, tendo a oportunidade de acreditar, escolhem não acreditar.”
Refutação e Expansão: O tema de crer em Jesus é central no Evangelho de João, mas a crença mencionada por João vai além de um simples assentimento intelectual. Em João 3:36, está escrito: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida.” A crença aqui implica uma fé ativa e uma rendição à autoridade de Jesus como Senhor e Salvador. A incredulidade não é apenas uma rejeição passiva, mas uma escolha ativa de recusar o Salvador, o que resulta em condenação eterna.
Quinta-feira: Glória — Tema Recorrente
Texto da Lição: “O prólogo começa com a história cósmica. […] Jesus é apresentado como o Filho divino de Deus, o Criador do universo […] Mas também é uma glória de salvação e misericórdia.”
Refutação e Expansão: A glória de Jesus é revelada principalmente em Sua morte e ressurreição. Em João 17:1, Jesus ora: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique.” A “hora” da glória de Jesus é a cruz, onde o Rei eterno se sacrifica pela humanidade. A lição menciona a “glória,” mas precisa esclarecer que esta glória é tanto uma demonstração do poder de Deus quanto de Sua imensurável graça. A cruz, para o mundo, era sinal de vergonha, mas para Deus, era a exibição suprema de Seu amor e justiça, reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Coríntios 5:19).
Sexta-feira: Reflexão Final
Texto da Lição: A lição cita Ellen White, enfatizando a necessidade de reconhecer Cristo como o Criador eterno e Salvador, exaltado antes de todas as coisas.
Refutação e Expansão: A eternidade de Cristo é fundamental para nossa fé. Se Jesus fosse um ser criado, Ele não poderia nos salvar eternamente. Colossenses 1:16-17 afirma: “Pois nele foram criadas todas as coisas […] tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” Isso significa que Jesus é a fonte e sustento de toda a criação, digno de nossa adoração. Ele é mais do que um mediador; Ele é Deus, o autor da vida.
Conclusão
A Lição 3, A Introdução — O Prólogo, explora os temas fundamentais do Evangelho de João, mas precisa ir além de uma análise conceitual. O prólogo de João declara a divindade eterna de Jesus e Suas ações redentoras, que vão muito além de filosofias humanas. O Verbo que “estava com Deus e era Deus” não é apenas um princípio cósmico, mas o Salvador pessoal que dá Sua vida por nós. Somente um Deus eterno pode ser o Salvador eterno, e somente Ele é digno de nossa adoração e total rendição.