Ellen White e Thiago White Sobre a Divindade de Cristo

Introdução

O Adventismo do Sétimo Dia, fundado por Ellen G. White e seu marido Tiago White, apresenta uma visão da divindade de Jesus Cristo que diverge da doutrina cristã tradicional. Através de seus escritos, o casal White sugere que Jesus não é o próprio Deus eterno, mas sim um ser criado, inferior ao Pai. No entanto, um exame cuidadoso das Escrituras revela que essa perspectiva não encontra suporte bíblico. Neste artigo, exploraremos passagens-chave da Bíblia que afirmam inequivocamente a divindade plena e eterna de Jesus Cristo, refutando assim os ensinamentos dos fundadores do Adventismo.

Seção 1: Os Escritos de Tiago e Ellen White sobre a Divindade de Cristo

Para entender a perspectiva do Adventismo sobre a divindade de Jesus, é importante examinar os escritos de seus fundadores. Em 1852, Tiago White publicou no jornal “The Advent Review and Sabbath Herald”:

“Afirmar que os dizeres do Filho e seus apóstolos são os mandamentos do Pai, é tão distante da verdade quanto a velha absurdidade trinitária de que Jesus Cristo é o próprio e eterno Deus.”

Essa declaração sugere que Tiago White rejeitava a crença de que Jesus Cristo é o Deus eterno, igual ao Pai.

Da mesma forma, Ellen G. White, considerada uma profetisa pelos Adventistas, escreveu:

“O Pai Eterno, o imutável, deu seu único Filho gerado, arrancou de seu seio Aquele que foi feito à imagem expressa de sua pessoa, e o enviou à terra para revelar o quanto amava a humanidade.” (Review and Herald, 9 de julho de 1895, parágrafo 13)

Além disso, em seu livro “Spiritual Gifts”, Volume 3, página 37, Ellen White escreveu:

“Enquanto alguns dos anjos se juntaram a Satanás em sua rebelião, outros raciocinavm com ele para dissuadi-lo de seus propósitos, defendendo a honra e a sabedoria de Deus em dar autoridade a seu Filho. Satanás insistiu, por que razão Cristo foi dotado de poder ilimitado e tal alto comando acima dele próprio! Ele se levantou com orgulho e exigiu que deveria ser igual a Deus. Finalmente, todos os anjos são convocados a comparecer diante do Pai, para ter cada caso decidido. Satanás sem rodeios revela a toda a família celeste seu descontentamento, de que Cristo deveria ser preferido a ele, estar em tão estreita comunhão com Deus, e ele ser mantido desinformado sobre o resultado de suas frequentes consultas. Deus informa a Satanás que isso ele nunca poderá saber. Que a seu Filho revelará seus propósitos secretos, e que toda a família do Céu, Satanás não excluído, são obrigados a prestar obediência implícita. Satanás fala abertamente sua rebelião e aponta para uma grande companhia que pensa que Deus é injusto por não exaltá-lo a ser igual a Deus e por não lhe dar comando acima de Cristo. Ele declara que não pode se submeter a estar sob o comando de Cristo, que só obedecerá …alls comandos de Deus.”

Essas declarações parecem retratar Jesus como um ser criado, separado do Pai e subordinado a Ele. No entanto, como veremos nas próximas seções, esses ensinos não encontram respaldo na Bíblia.

Seção 2: A Divindade Eterna de Cristo

A Bíblia apresenta Jesus como o Filho eterno de Deus, existindo desde antes da criação do mundo. O evangelho de João começa com uma declaração poderosa sobre a divindade de Cristo: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1). Esse versículo estabelece claramente que Jesus, o Verbo, é Deus desde a eternidade. O apóstolo Paulo também afirma a divindade eterna de Cristo em Colossenses 1:16-17, declarando que “nele foram criadas todas as coisas… tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste”. Esses versículos não deixam dúvidas de que Jesus é o Criador eterno, e não uma criatura.

Seção 3: A Igualdade de Cristo com o Pai

Contrariando a noção de que Jesus é inferior ao Pai, a Bíblia afirma repetidamente a igualdade deles. Em Filipenses 2:6, Paulo declara que Jesus, “embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se”. Jesus mesmo afirmou sua igualdade com o Pai em João 10:30, dizendo: “Eu e o Pai somos um”. Além disso, em João 14:9, Jesus disse a Filipe: “Quem me vê, vê o Pai”. Essas declarações deixam claro que Jesus e o Pai são iguais em essência e natureza divina.

Seção 4: Jesus Aceita Adoração como Deus

Ao longo dos evangelhos, vemos Jesus aceitando adoração, algo que seria blasfêmia para qualquer ser criado. Em Mateus 28:9, as mulheres que encontraram Jesus ressuscitado “abraçaram seus pés e o adoraram”. Jesus não as repreendeu por isso, pois era apropriado adorá-lo como Deus. Também vemos Tomé, após reconhecer Jesus ressuscitado, declarando: “Senhor meu e Deus meu!” (João 20:28). Novamente, Jesus aceita essa confissão de sua divindade. Se Jesus não fosse Deus, teria corrigido imediatamente esses atos de adoração.

Seção 5: Os Atributos Divinos de Cristo

A Bíblia atribui a Jesus características que pertencem exclusivamente a Deus. Em Apocalipse 22:13, Jesus declara: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim”. Esses títulos são usados para descrever Deus em Isaías 44:6 e 48:12, indicando que Jesus compartilha a natureza divina do Pai. Além disso, Jesus demonstra onisciência (João 16:30), onipresença (Mateus 28:20) e o poder de perdoar pecados (Marcos 2:5-7), atributos que pertencem somente a Deus.

Seção 6: O Testemunho dos Apóstolos

Os apóstolos, que conviveram com Jesus e foram ensinados por ele, afirmaram consistentemente sua divindade plena. O apóstolo Tomé o chamou de “Senhor e Deus” (João 20:28). Paulo se refere a Jesus como “Deus bendito para todo o sempre” (Romanos 9:5) e “a imagem do Deus invisível” (Colossenses 1:15). O autor de Hebreus declara que Jesus é “o resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da sua pessoa” (Hebreus 1:3). Esses testemunhos dos apóstolos, registrados nas Escrituras inspiradas por Deus, confirmam a divindade eterna de Cristo.

Conclusão

A Bíblia apresenta um testemunho claro e consistente da divindade plena e eterna de Jesus Cristo. Desde sua existência eterna com o Pai até sua igualdade com Deus, sua aceitação de adoração e seus atributos divinos, as Escrituras afirmam inequivocamente que Jesus é Deus. Os escritos de Tiago e Ellen White, que sugerem o contrário, não encontram suporte no ensino bíblico. Como cristãos, devemos nos apegar à verdade revelada na Palavra de Deus e rejeitar doutrinas que contradizem esse fundamento. Ao reconhecermos e adorarmos Jesus Cristo como o Deus eterno e igual ao Pai, honramos a revelação divina e nos alinhamos com a fé cristã histórica.

Referências

  • Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2000.
  • White, Ellen G. “Review and Herald.” 9 de julho de 1895.
  • White, Ellen G. “Spiritual Gifts, Volume 3.” Battle Creek, MI: Steam Press of the Seventh-day Adventist Publishing Association, 1864.

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